terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Vitória da Conquista

Chegaram os colonizadores
afugentando os filhos da terra,
penetraram pelo sertão,
vieram para fazer guerra.

Na trilha das preciosas pedras,
a mando do rei de Portugal,
quando haviam conquistado
todas as terras do litoral.

Restava ainda o gentio
que deveria ser afugentado
de todo sertão da ressaca.
do rio das Contas ao rio Pardo.

Assim determinou aos desbravadores
o sexto rei que se chamava João:
que fossem suas todas as terras
conquistadas a soldo de braço e facão.

João Gonçalves da Costa chega
e funda a igreja de Nossa Senhora,
surge, então,  a vila ao seu redor.
Nossa Senhora das Vitórias!

Em pleno século dezoito
essa história aconteceu,
a partir do Planalto da Conquista
a matança de onças e índios ocorreu.

Mais terras conquistaram,
fundaram novas vilas
que entre seus familiares
iam sendo distribuídas.

Conta-se que o conquistador
nessa sua empreitada,
matou mais de cem onças,
enquanto a mata era desmatada.

Certa vez foram convidados
vários aborígenes da região,
pensando os inocentes seria
para uma confraternização,

após serem embebedados,
sabe o que o colonizador fez?
Roubou-lhes as armas, mandou
matar todos de uma vez.

Em todo o sertão da ressaca
existiam mais dois mil,
Mongoiós, Aimorés, Botocudos,
gente que das praias fugiu,

tentando escapar da violência sofrida
por seus descendentes do litoral,
desde o século dezesseis, 
desde os tempos de Cabral.

Em sua própria terra
sentiram-se acuados,
cercados pelos inimigos 
por todos os lados.

Hoje estou a caminhar
pela antiga praça da Bandeira,
penso no antigo bandeirante
que usou de cruel maneira.

Em honra aos inocentes mortos,
descendentes da nação Guarani,
legítimos filhos dessa terra,
moradores da serra do Periperi,

escrevo esses versos, falando
sobre esse caso que sucedeu,
dizendo sinceramente a quem ler,
como foi que a conquista venceu.



 

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